Assisti no programa do Rodrigo Faro da Rede Record no último fim de semana, uma curiosidade sobre sapatos masculinos
e percebi que a maioria das pessoas não conhece o nome para cada
modelo. Pensando nisso resolvi criar um post para esclarecer as dúvidas e
auxiliar os homens na hora de escolher o sapato ideal e as mulheres na hora de presenteá-los.
Estava criando o post quando descubro que : Hoje é comemorado no Brasil Dia do Homem! Coincidências a parte vamos as descrições ?!
01- Contraforte
02- Palmilha de Acabamento
03- Forro
04- Lingueta
05- Cadarço
06- Ilhóses
07- Gáspea
08- Biqueira
09- Sola
10- Vira
11- Lateral
12- Salto
13- Traseiro
PEQUENO GLOSSÁRIO DOS SAPATOS
Cabedal:
Parte superior do calçado destinada a cobrir e proteger a parte de cima
do pé. Compreende praticamente toda a extensão do sapato, menos a sola.
Divide-se em gáspea (parte da frente) e traseiro (parte lateral e de
trás do calçado). O cabedal é para o calçado mais ou menos o que a
carroceria é para o carro.
Contraforte:
Reforço colocado entre o cabedal traseiro e o forro, na região do
calcanhar. Se você apalpar com força seu sapato, por trás, vai sentir um
semicírculo mais firme que cobre seu calcanhar. Esse é o contraforte.
Couraça: Reforço colocado no bico do sapato e fica escondido sob o material externo do cabedal (couro, lona etc) e o forro.
Gáspea:
Parte frontal do cabedal do sapato. Compreende a porção que cobre desde
os dedos até o peito do pé (em alguns modelos, é uma peça só com a
parte chamada "língua" ou "lingueta").
Solado: Conjunto de peças que formam a parte inferior do calçado e que se interpõem entre o pé e o solo.
Palmilha
de montagem: Lâmina feita geralmente à base de celulose ou couro, do
mesmo tamanho da planta da forma. Ela é fixada por cima da sola, e sobre
ela é montado o cabedal do sapato.
Alma:
Peça delgada posicionada longitudinalmente ao centro da palmilha, que
serve para dar firmeza no caminhar e sustentar a planta do pé. Pode ser
de aço, madeira, arame ou mesmo de plástico.
Palmilha de acabamento: Material (couro, tecido ou plástico) que recobre o sapato internamente, assentado sobre a palmilha de montagem e a alma.
Sola: Parte
externa inferior do solado, que está em contato direto com o chão. Dela
depende em grande parte a qualidade e performance do calçado.
Salto: Suporte fixado à sola na região do calcanhar e destinado a dar equilíbrio ao calçado.
Entressola: Camada intermediária colocada entre a palmilha de montagem e a sola.
Vira: Tira colada ou costurada em torno do sapato, sobre a beirada da sola (em geral, do mesmo material), como acabamento.
Modelos Clássicos:
Sapato Oxford
O
primeiro sapato amarrado com cadarços foi introduzido na Inglaterra em
1640, e logo se tornou popular entre os estudantes da Universidade de
Oxford. A partir daí, o estilo e o nome se espalharam. Os sapatos Oxford
são caracterizados por serem um
modelo fechado em que as perfurações para os cadarços são feitos
diretamente no corpo do sapato, e não em abas costuradas sobre a gáspea
(porção dianteira do calçado). Atenção, se seu pé for muito alto, na
hora de amarrar o sapato, as duas carreiras de orifícios não ficarão
paralelas. Isso é sinal de que o sapato não é ideal para você. Se, pelo
contrário, seu pé for relativamente baixo, as duas carreiras de furinhos
tendem a se sobrepor uma sobre a outra.
Existem muitas variações de modelos deste tipo de sapato, mas seja qual for, eles são os mais formais e ideais para ternos e ocasiões como casamentos, por exemplo.
Sapato derby
É parecido em formato com o Oxford, e sua principal diferença é que a parte dos furos para o cadarço está situada em abas laterais costuradas sobre o corpo do sapato.
Isto faz com que ele se adapte com mais facilidade a todas alturas do
peito do pé. Ele surgiu no século 19 e se tornou muito popular.
Este
é menos formal dos sapatos clássicos, é muito versátil e funciona com
costume, blazer e calça sem gravata, e também com calças de alfaitaria e
camisa. Dependendo do modelo, pode ser usado com jeans.
Sapato Monk
Estilo de sapato derivado dos sapatos dos monges (o nome inglês quer dizer "monge" em português)
usados desde o século 15, mas sua versão contemporânea surgiu em 1930. É
menos formal do que um Oxford e mais do que um Derby. Fácil de
reconhecer pela falta de cadarços, que são substituídos por uma fivela
metálica colocada na lateral, junto ao peito do pé.
Bom para ternos e combinações como calça de alfaiataria e camisa social.
Sapatos Mocassim e Docksides
Este é o nome dado pelos índios algonquinos, da fronteira dos Estados Unidos como Canadá, aos seus sapatos de couro costurados a mão com pontos largos ao redor do peito do pé e sobre os dedos. Em versões mais estruturados, são chamados em inglês de "loafer".
Na
década de 60, a marca italiana Gucci lançou um modelo com fivela de
metal e uma faixa verde e vermelha, que foram copiados no mundo inteiro.
Há
uma versão que foi feita para dirigir automóveis chamada "driver" que
virou um clássico. É caracterizado pela flexibilidade e solado com gomos
que impede que o calçado escorregue em contado com os pedais do carro.
O dockside ou "boat shoes", é um tipo de mocassim que era usado por velejadores e ganhou as ruas nos anos 80. Tem amarração por cadarços e acabamento com fio na lateral que passa por ilhoses.
Seja
qual for o tipo de mocassim, lembre-se de que ele é um calçado casual e
esportivo que deve ser usado com bermuda e calça jeans. Evite o uso de
meias.
Sapato Loafer
Inspirado
em um modelo usado por noruegueses na década de 30, os americanos
criaram os "weejuns" (pronuncia-se "uídjans"), uma corruptela de
"Norwegian", um dos tipos de loafers mais comuns. Seu diferencial é uma faixa de couro com um losango vazado na parte que cobre o peito do pé.
Se tornou muito popular entre os universitários americanos na década de
50 e por isso foi considerado um dos ícones do estilo college.
Na Europa e nos Estados Unidos é muito comum seu uso com bermudas, mas no Brasil é pouco comum esta combinação. É um sapato casual que vai bem com calça jeans ou de sarja com camisa pólo.
Sapato Side Gore
Um modelo derivado do loafer, que vem fazendo muito sucesso nas últimas décadas. A
principal característica deste modelo são as bandas largas de elástico
nas laterais do calçado, ao lado do peito do pe, que dispensa o emprego
de fivela, velcro, zíper ou cadarço.
Há
várias versões deste modelo, desde os mais urbanos até as versões de
cano médio para o estilo country (em que o elástico é coberto por uma
espécie de fole de couro filetado). Dependendo do modelo, como os de
couro preto ou marrom, sem adornos e de bico alongado, os "side gore" podem ser usados tanto com calça e blazer como com jeans.
Sapatênis
Este
é o mais polêmico dos calçados. Eles surgiram na onda do "casual
friday", ou seja, a adoção por parte de algumas empresas da sexta-feira
"casual", em que os funcionários podem dispensar terno e gravata. Ele é um tipo híbrido, que se caracteriza por não ser nem tão esportivo quanto um tênis e nem tão formal quanto um sapato. Alheios à crítica especializada de moda que os acha definitivamente cafonas, consumidores fazem deles um sucesso de vendas.
Hoje
muitas marcas estão procurando dar uma guinada no design do sapatênis,
oferecendo novas versões mais "aceitáveis". Os modelos inspirados nos
tradicionais oxford conseguiram os melhores resultados.
História :
Desde a Idade da Pedra que o homem usa algum tipo de proteção para os
pés. Dez mil anos antes de Cristo, os homens pré-históricos deixaram
testemunho desse hábito em pinturas nas paredes de cavernas no sul da
França e na Espanha. Alguns pesquisadores afirmam que os primeiros
sapatos, já com um formato parecido ao que têm hoje, foram manufaturados
há mais de 3.200 anos, na Mesopotâmia, região em que atualmente fica o
Iraque, feitos de couro macio para que os antigos pudessem percorrer
terrenos montanhosos.
Gostaram das dicas? Qual é o seu predileto?
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